quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A nova Colossipédia!

http://colossipedia.blogspot.com.br/


Lembram-se da Colossipédia? Aquele menu ali do lado com o logo de Shadow of the Colossus que tinha páginas informativas de várias coisas do jogo?

Como podem ver, ele não está mais lá. No lugar temos um ícone novo escrito Colossipédia. Isso porque a Colossipédia já não é mais um monte de páginas aqui dentro do Forbidden-Lands. Eu sempre achei que a navegação aqui dentro era meio complicada, até mesmo para criá-las também era, então a Colossipédia acaba de ganhar seu próprio território.

Vocês podem chegar lá clicando no ícone ou clicando aqui

E para estrear com novidades, já temos algumas páginas para os personagens, inimigos e o cenário principal de The Last Guardian. Já até vem com páginas sem spoilers para os principais personagens! Não é bem legal?

Como antes, ela ainda vai crescer para ser mais completa, tanto na parte do The Last Guardian como SotC e também incluir ICO. E como ninguém é perfeito, peço que se encontrarem erros de português, links mortos ou qualquer coisa errada me avisem para que eu possa consertar.

Sendo assim, por hoje é só. Até a próxima e fiquem ligados nas novidades!


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

The Last Guardian - Análise



Esperar The Last Guardian sem dúvidas foi uma jornada. Desde seu anúncio em 2009 foi uma sequência de altos e baixos, em alguns momentos acreditávamos que ele seria lançado e em outros temíamos que seria cancelado. O jogo mudou de geração, pediu ajuda de diversas outras equipes e fez Ueda sair da Sony, onde trabalhava desde 1997.

Enquanto o tempo passava, as pessoas começavam a considerar que tantas promessas e hype só poderiam levar a uma coisa: decepção. Quase uma década de desenvolvimento, dois jogos altamente elogiados no currículo e com todos esperando algo sensacional, seria difícil satisfazer as expectativas. Mas agora o jogo chegou. Valeu a pena? Nós finalmente temos essa resposta!

Análise sem spoilers, fique tranquilo!


O jogo segue a história de dois personagens, um garoto e uma criatura gigante conhecida como "Trico". O garoto acorda sem saber onde está ou como chegou ali e encontra a criatura ao seu lado, presa e debilitada. Embora no primeiro momento ela esteja irritada e hostil, facilmente conquistamos sua amizade e começamos a trabalhar juntos para um mesmo objetivo: escapar desse local estranho.

O local em si é uma série de ruínas fechada dentro de uma enorme montanha. É um local misterioso, com habitantes hostis e de onde é muito difícil escapar. Os dois precisam atravessar muitas dificuldades nessa jornada e isso constrói o principal eixo do jogo: a relação entre eles.

Conforme avançamos nossa relação fica mais forte e isso deixa o jogo sensacional. Existem momentos específicos que provam a força da amizade deles e mostram que eles estão dispostos a fazer de tudo um pelo outro. São momentos únicos, com uma carga emocional muito forte e que são de arrepiar.

O jogo explica bastante da história dos dois através de alguns flashbacks e da narração do garoto, no final somos capazes de entender a maior parte do que acontece com eles. Mas para meu grande alívio existem dezenas de coisas na mitologia do jogo que são deixadas para a interpretação, assim como em Ico e em SotC. É um mundo misterioso e encantador que estimula nossa mente a pensar na explicação e na história por trás dos elementos que o compõem.


O gameplay consiste na exploração dos cenários e na solução de puzzles, sendo que praticamente todos envolvem Trico de alguma forma. Aí temos que lembrar que Trico é uma inteligência artificial feita para agir como um animal, portanto nem sempre nos obedece de primeira e às vezes já sabemos como resolver o puzzle, mas demoramos um pouco mais por causa dele. Mas se incomodar com isso é não entender o conceito do jogo. Ao menos que você esteja tentando conquistas o troféu de terminar o jogo em menos de 5 horas. A Team Ico tem que parar com esses troféus speedrun em jogos desse tipo!

Os puzzles não são complexos. Às vezes até travamos, mas só por não notar o óbvio ou por criar soluções mais mirabolantes que o necessário.

Existem combates na história, mas não dá pra dizer que eles são parte importante do gameplay. Até podemos fazer alguma coisa, mas não é realmente necessário, geralmente apenas esperamos até que ele vença os inimigos.

Mas os combates não são as únicas cenas de ação. Na verdade temos várias cenas emocionantes pelo caminho, seja fugindo de inimigos ou escapando de uma estrutura desmoronando. Os momentos separados de Trico também adicionam uma variedade. Precisamos planejar nossas ações, agir sorrateiramente e evitar totalmente o confronto direto.


Temos alguns pontos em que precisamos cuidar de Trico.  Com fome ele deixa de seguir nossos comandos, então precisamos alimentá-lo. Depois de batalhas também precisamos acalmá-lo e retirar qualquer lança presa em seu corpo, para que ele possa se locomover normalmente.

Como fãs de Ico/SotC, o gameplay básico é bem o que conhecemos, os comandos e a movimentação são característicos da Team Ico. Eu apenas esperava um pouco mais da escalada, pois considerando que só escalamos Trico achei que seria mais avançado que Shadow of the Colossus, mas acontece o contrário, escalar os colossos ainda é mais fácil e satisfatório.

Outra coisa que atrapalha a mobilidade é a câmera. É comum ela ficar obstruída, principalmente quando Trico nos acompanha em locais apertados. A gente vai se acostumando, mas realmente traz alguns problemas.


Visualmente o jogo é muito bonito. Tecnicamente tem falhas, mas é lindo mesmo assim.

Os cenários são deslumbrantes. O jogo tem áreas gigantes e muito detalhadas, criando uma sensação de imensidão, mistério e magia, uma atmosfera que só um estúdio como a Team Ico faria. Durante a jornada atravessaremos cavernas, bosques e torres e todos têm seu charme. Particularmente, as primeiras áreas abertas que encontrei me deixaram impressionado. Ainda mais quando vemos Trico correndo pelo cenário como se fosse um pequeno animal de estimação.


E é justamente ele a outra parte boa do visual. A equipe deu uma atenção especial para transformá-lo na estrela do jogo e conseguiu, pois ele rouba totalmente a cena. Afinal, se ele não se parecer com uma criatura real não dá para criar o carinho que o jogo pede, mas Trico cumpre seu papel, seus movimentos e suas expressões dão uma profundidade ao personagem e nos leva a apreciar sua companhia.  

Não é incomum interromper um pouco o jogo para olhar o que ele está fazendo, ou voltar um pouco do caminho para fazer um cafuné, principalmente quando ele enfia a cabeça em um corredor estreito. O jogo não precisa pedir, é espontâneo.

O único ponto fraco no visual é o garoto, que é bem simples em comparação. Possivelmente uma escolha artística da equipe para diferenciar as coisas. Outro problema notado é o frame-rate, que realmente tem quedas bem notáveis.

A música é sutil e gostosa de se ouvir. Está ausente em boa parte do jogo, mas quando aparece faz a diferença. Nos outros momentos ficamos com o som ambiente. É uma escolha artística que deixa o jogo mais calmo e minimalista e não dá para reclamar, funciona muito bem dessa forma.

Claro que também existem as músicas tensas para os momentos emocionantes. Mas no geral o sentimento que o jogo passa é a tranquilidade.


Nota do KIQ: Uma jornada extraordinária


Então valeu a pena esperar isso tudo? Valeu! E como!

O jogo cumpre com as expectativas e, principalmente para quem é fã de Ico ou de Shadow of the Colossus, é um título obrigatório. A magia e o charme que amamos voltou com toda a força e trouxe mais uma jornada cheia de aventura e emoção.

É uma história inesquecível de confiança e amizade que realmente cria laços com o jogador. Ele nos faz correr para chegar ao final e nos deixa tristes ao saber que acabou. É um jogo único que vale cada minuto.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Minha primeira hora com The Last Guardian


Minha cópia de The Last Guardian chegou ontem e apesar de não poder jogar descontroladamente, joguei por um pouco mais de uma hora e hoje trago as minhas primeiras impressões do jogo, afinal não dá para esperar jogar tudo! É preciso compartilhar o que já vi!

O post não tem spoilers grandes da história, mas se você quer manter a surpresa é recomendável evitá-lo.

Eu quando o jogo começou

Todo mundo avisado, lá vamos nós.



Para começar, achei a introdução do jogo muito interessante. Ela mostra desenhos científicos de diversas espécies, desde insetos, mamíferos até que começa a ficar surreal com unicórnios, grifos e finalmente o Trico.

Acho que chama atenção por ser moderna e com um ididioma que conhecemos, enquanto o jogo se passa em um mundo antigo e com idioma próprio. É um contraste inesperado.


Assim o jogo começa e somos apresentados aos dois personagens principais: Trico e o garoto.

Como era de se esperar, o garoto não tem nenhuma característica que o destaque logo de cara. O jogo é narrado por ele, mas não sabemos sua história. De fato, ele mesmo não sabe como foi parar na masmorra com Trico ou como surgiram suas tatuagens, apenas quer escapar.

Trico, por outro lado, é a estrela. Sua companhia é realmente muito agradável e ele conquista nosso carinho rapidamente. Perder um momento ou outro para olhar o que ele está fazendo é inevitável, e de vez em quando nos surpreendemos com algo do seu comportamento.

Ei, você não foi figurante em Shadow of the Colossus?

Ainda não cheguei nos inimigos, tem sido um começo bem calmo desbravando os cenários. Mas já fui capaz de morrer uma vez por me soltar do Trico no pior momento possível.

E duas vezes por superestimar as habilidades de pulo do garoto. Raios!



Uma coisa que aconteceu de forma bem diferente do que eu esperava foi a rapidez em que os dois se tornam amigos. Algumas lanças tiradas, alguns barris de comida e já conquistamos o grandão. Na verdade até onde joguei Trico parece muito mais apegado ao garoto do que o contrário, como aquele cachorro de rua que te segue até em casa só porque você é uma criança legal.
 
Podemos ficar com ele???
Isso não é necessariamente ruim, apenas é diferente do que tinham declarado a princípio, mas eu acho que preferiria se o tempo para conquistas sua amizade fosse maior. Inclusive no primeiro momento que tive controle do garoto eu até saí correndo achando que ele ia me atacar.




Para nós, fãs de Ico e Shadow of the Colossus, o jogo tem um ar familiar e nos sentimos em casa enquanto jogamos. Como todo mundo já notou, o jogo pesa mais para o lado do Ico, a movimentação do garoto e a passagem pelos cenários são semelhantes, enquanto SotC é mais influente no sistema de escalada do Trico.

Espera aí, eu já vi isso antes...

Esse local acima me chamou a atenção e me fez olhar duas vezes, se parece muito com a piscina do fundo da SoW, mas em outra estrutura. Imagino que esse caso seja apenas um easter egg, mas estou torcendo para que o jogo se conecte aos outros de alguma forma. Também torço para encontrar muitos easter eggs pela jornada!



A coisa mais significativa dessa primeira hora que não conhecíamos é uma energia poderosa que é emitida pela cauda de Trico sob certas circunstâncias, no caso, sempre que usamos um espelho para refletir a luz. Esse espelho é interessante e também mostra ter um certo poder hipnótico sobre Trico.


Em outras palavras, ele é basicamente um laser pointer para bichanos gigantes!



O jogo é muito bonito. Tem os seus problemas técnicos, como o frame rate e a câmera, mas ele é muito bem feito e a atmosfera é simplesmente sensacional! Os locais são detalhados, com um ar de mistério, magia e nos enchem de vontade de explorar ainda mais o universo do jogo.

Enfim, essa primeira hora atendeu minhas expectativas. Duvido que substitua SotC como meu jogo favorito, mas sem dúvida será mais uma ótima experiência. Voltarei para o jogo e em breve reapareço com mais novidades!

Até a próxima!