quarta-feira, 18 de julho de 2012

ICO - Análise!



De vez em quando eu falo de ICO por aqui, e como deu pra perceber por essas vezes, eu considero Shadow of the colossus bem superior ao ICO. São focos de gameplay diferentes, isso não há dúvida, mas de qualquer forma a Team Ico evoluiu bastante em todos os aspectos de um para o outro.

Mas claro que, com isso eu não quero dizer que Ico não é um grande jogo. Assim como SotC ele é um ótimo game, merecendo entrar no mesmo nível de jogo único, ou até mais único ainda. A essa altura boa parte dos conhecedores de SotC já devem ter jogado Ico, mas de qualquer forma, aproveitando essa minha semana de poucas ideias, é dia de analisar esse grande game!

ICO


Desenvolvedora: Team ICO


Plataforma: PS2


Lançamento: 2001


A história do game até quem não jogou já deve saber: Um garoto com chifres é levado pra ser morto em um castelo, por ser considerado uma maldição, mas acaba sobrevivendo e pra escapar de lá encontra Yorda, filha da rainha que é mantida presa para ser morta também, e assim os dois se juntam pra escapar do castelo, sendo que cada um precisa da ajuda do outro.

A forma como a história é contada é muito boa, assim como em SotC, pois a história vai sendo contada aos poucos pelo decorrer do jogo, com poucos diálogos, até porque Ico e Yorda nem falam a mesma língua, mas nas várias cenas durante o jogo.

E apesar da Yorda não ser melhor do que o Agro como parceira de jogo, a relação de amizade entre eles é algo legal de se ver, sendo que Ico não abandona Yorda mesmo quando não precisa mais dela, e mesmo Yorda sendo frágil também arrisca sua vida pra salvar Ico. E a inteligência artificial da Yorda foi um ótimo trabalho da Team Ico, sendo que ela pode nos indicar coisas quando empacamos em algum puzzle, reage diferente dependendo do que fazemos, e etc.

Aliás, apesar da história ser contada da mesma forma que em SotC, dá pra dizer que a história de fundo é até melhor. Não tem uma mitologia legal como a dos colossus e a das FL, mas é mais complexa.


O foco do gameplay são os puzzles. Geralmente o Ico pode chegar ao fim dos puzzles numa boa, pelas suas habilidades de escalada, mas ainda temos que montar um caminho para a Yorda. Os puzzles são bem variados e com soluções bem diferente. Alguns são simples, outros são complexos, mas sempre teremos um ou outro pra empacar por alguns minutos, o que é essencial pra um jogo de puzzle.


O outro lado do gameplay é nos combates, já que a Queen não quer que Ico e Yorda escapem os seus subordinados nos atacam constantemente.

Claro que, Ico é uma criança, e isso é demonstrado nos combates. Não temos combos de vários hits ou um hack and slash, nossos golpes são simples e só funcionam pela fragilidade das sombras, e ao levarmos dano também vemos como Ico também é frágil.

Mas isso não prejudica o gameplay, as sombras não são difíceis de matar, e muitas vezes temos outras opções, como abrir um portal próximo com a Yorda, exterminando as sombras, ou correr como se não houvesse amanhã!

E parte importante dos combates é a proteção da Yorda. Ico não morre nos combates, com exceção de poucas situações, pois o objetivo das sombras não é matar Ico, mas capturar novamente Yorda, e se conseguirem isso aí sim morremos. Temos que ficar sempre por perto, ou até mesmo lutar enquanto seguramos a mão dela, pois se bobearmos estaremos quase toda a luta puxando a Yorda dos buracos de sombras.


Os gráficos do jogo fizeram muito bom uso do PS2. Claro que temos que lembrar que Ico foi lançado em 2001, no começo de vida do PS2, comparar com jogos recentes como o próprio SotC é obviamente errado, mas ele não deve nada a outros games lançados em 2001.

Os cenários são o principal destaque dos gráficos. Todos muito detalhados, com ótimas texturas, e com o visual conhecido da Team Ico, como os efeitos de luz, que davam aos ambientes um ar mais misterioso, e deixava os locais abertos muito mais bonitos.

A câmera também é um ponto positivo. Ela não fica atrás da gente, fica em locais que proporcionam visões épicas do cenário, valorizando a construção dos ambiente. Mas ao mesmo tempo podemos movê-la muito, vendo coisas até distantes do cenário principal, o que também é legal.

As animações dos personagens também são bem fluídas. Tudo bem que não são muitos, mas foi um trabalho muito bem feito, a movimentação da capa do Ico e do vestido da Yorda no vento, por exemplo, é bem realista, e a personalidade de cada um também é demonstrada inteiramente na movimentação do personagem.

O único erro que podemos lembrar em relação aos gráficos é a detecção de colisão, que em certos momentos falha bastante. Quando nos balançamos em correntes, por exemplo, a cada movimento Ico atravessa a corrente inteira.


Sonoramente o jogo é fantástico. A trilha sonora é ótima, combina com o clima do game e é muito bonita. Quando as músicas não estão tocando, o jogo geralmente tem pássaros cantando, o som do vento e só de vez em quando as vozes dos personagens.

E falando nelas, assim como em SotC os idiomas fictícios ficaram muito naturais, tanto o da Yorda e Queen quanto do Ico. Os dubladores fizeram um ótimo trabalho, com destaque pra voz da Queen, que como uma vilã e personagem muito misteriosa ficou muito bem representada pela Misa Watanabe.


Mais do que SotC, Ico é curto, tanto que existe um troféu na Collection pra zerá-lo em menos de 2 horas! Claro que pelo menos na primeira vez não dá pra fazer tão rápido, principalmente se enroscarmos em algum puzzle, mas ainda assim é um game curto.

Mas isso está longe de tirar o brilho do jogo. O jogo nos prende bastante e o clima que passa é inesquecível, independente do tempo que demora. Assim como SotC é um jogo que se difere de qualquer outra coisa, sendo possível considerar arte em um game, e que também não é pra qualquer um. Os defeitos do jogo são poucos, e os que existem não fazem diferença na experiência.

Nota do KIQ: 10!

Eu posso ser muito mais fã de SotC do que de Ico, mas ainda assim Ico também merece uma nota 10.

Então o post de hoje fica por aqui, semana que vem eu volto, e daqui a alguns anos eu faço minha próxima análise pro blog, sobre o The Last Guardian lol

1562 comentários:

«Mais antigas   ‹Antigas   1601 – 1562 de 1562
«Mais antigas ‹Antigas   1601 – 1562 de 1562   Recentes› Mais recentes»